Trólebus Brasileiro:
Museu Virtual - Trólebus CMTC 3093
O trólebus ACF-Brill/General Electric 3093 faz parte de um lote de 75 veículos produzidos nos Estados Unidos entre 1.946/1.948. Foram comprados usados pela CMTC, vindos do sistema de Denver (Colorado) que desativou este modo de transporte.
Anúncio da importação dos trólebus ACF Brill pela CMTC em 1957.
Data e publicação desconhecidos.
(Fonte: https://www.facebook.com/TrolebusNoBrasil/photos/a.600573100087757/2146345472177171/).
O trólebus ACF Brill/GE foi renumerado pela CMTC como 6021 - pintura do início da década de 1980.
(Foto: acervo SP Trans).
O trólebus ACF Brill/GE CMTC como 6021 - pintura do final da década de 1980.
(Foto: acervo SP Trans).
O trólebus ACF Brill/GE foi renumerado pela CMTC como 6021. Pintura "Saia Branca" - década de 1990.
(Fonte: https://onibusbrasil.com/douglasdcz/4823251?con
text=prefix).
Reproduzimos abaixo a saga para tornar viável a reforma deste veículo, através do artigo "A Preservação do Trolebus ACF-Brill", publicado na Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 21 - 1999 - 3º trimestre.
Por último, vale registrar o esforço desenvolvido na preservação do último trolebus ACF-Brill da frota da CMTC em condições operacionais. No início dos anos 80, restavam em operação 38 veículos dessa série, dos 75 adquiridos em 1957. Em 1984, todos os trolebus ACF-Brill que possuíam máscara com design original foram desativados, incluindo unidades que se encontravam em operação normal e em reforma. Continuaram em operação apenas os exemplares com máscara modernizada. Três anos depois (em 20/01/87 e em 25/11/87) foram marcados dois leilões para venda desses trolebus como sucata incluindo o primeiro trolebus fabricado no Brasil, o Grassi-Villares de prefixo 6007. Inconformados, membros de uma entidade dedicada à preservação dos sistemas de transporte urbano (Associação de Preservação de Material de Transporte Coletivo - APMTC) solicitaram à Prefeitura e à direção da CMTC o cancelamento desses leilões, alegando que esses trolebus desativados possuíam plenas condições de recuperação. Viam com a desativação de parte da frota de trolebus da empresa a primeira etapa do que poderia ser um processo maior de desativação futura do sistema, uma vez que não estava prevista a aquisição de novos veículos para substituí-los. Poderia ser a repetição do que fora feito com os bondes nos anos 60: desativavam os veículos, depois arrancavam os fios e os trilhos e, em seguida, extinguia-se o sistema. E com isso acabava-se com um importante sistema de transporte público não poluente. Cancelados os leilões, a CMTC cedeu parcialmente à argumentação da entidade preservacionista, concordando em reformar um dos veículos ACF-Brill desativados, para se ter uma idéia do valor necessário a investir na reforma do resto da frota. Foi escolhido o exemplar que se encontrava em piores condições, jazendo semi-destruído na garagem Tatuapé, justamente o trolebus ACF-Brill 6021. Totalmente recuperado pela CMTC, ele voltou à operação comercial em 1988, onde permaneceu até 1998. Estava provada a viabilidade técnica da recuperação do restante da frota Brill que, no entanto, não aconteceu. Visando a conservação permanente desse veículo histórico, e de outros dois de fabricação nacional Grassi-Villares, a ANTP solicitou àSPTrans em 1998 a sua retirada da operação comercial, para que, a exemplo do que já vem ocorrendo com o trolebus ACF-Brill 6021, pudessem ser utilizados para tráfego em datas especiais, promovendo institucionalmente a imagem do transporte público na cidade e permanecendo como testemunhas de uma época importante de desenvolvimento do transporte público em São Paulo.
O veículo recebeu algumas reformas e intervenções ao longo do tempo, como por exemplo a substituição do eixo dianteiro por um Scania (com direção hidráulica) e a alteração parcial do layout do posto do motorista, além da troca de seu motor de tração, conforme tabela de especificações abaixo.
Em 1.998 foi novamente reformado pela SPTrans/Transbraçal, recebendo de volta sua numeração original 3093 e a cor branca/vermelho cereja, sendo utilizado em exposições e eventos de transporte.
O Trólebus ACF Brill ainda com numeração 6021 em operação pela Transbraçal, no início da década de 1990.
(Vídeo: Jorge Françozo de Moraes).
(Colaboração Garagem Santa Rita / Assessoria Imprensa SP Trans).
Trolebus ACF-Brill com pintura original especialmente recuperado para o desfile comemorativo dos 50 anos do sistema. Praça Ramos de Azevedo, 24/04/1.999.
(Foto: Ayrton Camargo e Silva - Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 21 - 1999 - 3º trimestre - 50 anos de trolebus em São Paulo).
Painel de comando do trólebus ACF-Brill.
(Foto: Marco A. G. Brandemarte - evento em comemoração aos 50 anos do sistema trólebus da cidade de São Paulo/SP - abril/1.999).
Selo comemorativo criado especialmente para a comemoração dos 50 anos do sistema de trolebus de São Paulo.
(Foto: Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 21 - 1999 - 3º trimestre - 50 anos de trolebus em São Paulo).
Depósito na garagem Tatuapé, onde os trolebus desativados pela CMTC estavam prontos para ir a leilão como sucata. O trolebus ACF-Brill 6021 (atualmente 3093) é o terceiro da esquerda para a direita. Foi salvo do leilão e hoje está preservado.
(Foto: Jorge Françozo de Moraes - Revista dos Transportes Públicos - ANTP - Ano 21 - 1999 - 3º trimestre - 50 anos de trolebus em São Paulo).
O Trólebus ACF-Brill 3093 em abril/2.005 - Evento de 56 anos do Trólebus em São Paulo/SP.
(Foto: Ricardo Milani).
O trólebus ACF-Brill 3093 em 2.018.
(Fonte: https://onibusbrasil.com/NivaldoJunior/7854405?c
ontext=prefix).
O interior do trólebus ACF-Brill 3093 - dez/2.019.
(Fonte: https://onibusbrasil.com/1992edmar/7489697?con
text=prefix).
O trólebus ACF-Brill 3093 em exposição na Semana da Mobilidade no Pateo do Collegio - São Paulo/SP - setembro/2.019.
Trólebus ACF-Brill 3093: sistema de controle de tração elétrica do tipo eletropneumático.
(Fonte: SP Trans).
Trólebus ACF-Brill 3093: sistema de controle de tração elétrica do tipo eletropneumático.
(Fonte: SP Trans).
Trólebus ACF-Brill 3093: sistema de controle de tração elétrica do tipo eletropneumático.
(Fonte: SP Trans).
* Agradeço ao Movimento Respira São Paulo e à Assessoria de Imprensa da SP Trans pela colaboração nesta seção.